O que isto significa para a cliente? “Perda de elasticidade e flexibilidade do fio. Assim, com o enrijecimento, qualquer esforço brusco ao manusear o cabelo pode causar a quebra prematura da fibra”, detalha o especialista, que emenda: “Até atos simples como pentear e escovar quebra os fios com formaldeído. Durante o sono, o peso da cabeça sobre as fibras acelera os processos de fratura”. Os danos não param aí. “Acontece ainda desidratação, pois o filme criado pelo formaldeído é hidrofóbico, ou seja, repele a água. Dessa forma, o equilíbrio hídrico da fibra em função da umidade relativa do ar é prejudicado, levando ao ressecamento ao longo do tempo”, completa. Segundo o químico, nos primeiros momentos a cliente pode até adorar o resultado, mas após alguns dias perceberá o cabelo seco, quebradiço e sem movimento. Solução radical Com tantos estragos, como tratar os fios? “Não existem processos para hidratar um cabelo com formaldeído. Como a superfície se torna hidrofóbica, ocorre um processo de deformação das cutículas que lacram a entrada das substâncias presentes nos cosméticos no córtex capilar”, completa o cientista. Para piorar, não se consegue remover o formol. “Ocorrem ligações covalentes, irreversíveis. Só existem três soluções pós-formaldeído: aguardar o crescimento do cabelo e cortá-lo, esperar a quebra da haste ou, caso o fio seja mais grosso, remover camadas cuticulares superficiais para amenizar o efeito, melhorando a elasticidade e flexibilidade da fibra ao longo do tempo”, esclarece |
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Beleza por um fio
Não restam dúvidas de quanto o formol é prejudicial à saúde do profissional e da cliente. Mas o que dizer da aparência do cabelo submetido a essa química? O engenheiro químico Adriano Pinheiro, do laboratório Kosmoscience Ciência & Tecnologia responde à questão
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